‘Dez Contos Geniais de H. G. Wells ‘

Dez Contos Geniais de H. G. Wells, capa da editora Jorupê.
© 2019 Editora Jorupê.

Seguindo com nossa série — veja posts anteriores sobre Anton Tchekhov (1860-1904) e Edgar Allan Poe (1809-1849) — movamos um pouco a “alavanca do futuro”: como H. G. Wells (1866-1946) entende o conto?

O escritor inglês vivenciou as Eras Vitoriana (1837-1901) e Eduardiana (1901-1910) durante o período em que escreveu a maioria de seus contos.

Em 1911, o autor revela que, após sua prolífica carreira de contista, praticamente não se dedicava mais a essa arte, porém dá algumas dicas sobre como a vê:

“O conto é uma ficção que pode ser lida em menos de uma hora e, para que seja comovente e encantadora, não importa se é tão ‘trivial’ quanto uma gravura japonesa de insetos vistos de perto entre os caules de grama, ou tão espaçosa quanto a perspectiva da planície da Itália do Monte Mottarone.”

“um dos muitos prazeres da escrita de contos é alcançar o impossível.”

Referindo-se à extrema rigidez da crítica sobre o que se devia considerar um verdadeiro conto, Wells, como bom “futurólogo” diz:

“Mas, depois de morrer como criador, ainda se pode viver como crítico, e devo confessar que sou a favor do relaxamento e da variedade, tanto neste como em todos os campos da arte.”

“no longo prazo, é o novo e a variante que importa. Recuso-me totalmente a reconhecer qualquer tipo difícil e rápido para o conto.”*

Portanto, Wells propõe três linhas para pensar o conto:
(1) a brevidade do conto, semelhante ao que vimos em Poe, e indica um tempo relativo de leitura;
(2) a não limitação de temas, desde que seja “comovente e encantador”;
(3) a novidade, deve ser “uma invenção do impossível”.

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Contos Presentes na Coletânea
A ESTRELA
NO ABISMO
O BACILO ROUBADO
A MAÇÃ
A LOJA MÁGICA
A PORTA NO MURO
A REJEIÇÃO DE JANE
A HERANÇA PERDIDA
O FURTO NO PARQUE HAMMERPOND
O QUARTO VERMELHO

(*) Textos das citações, retirados da Introdução à coletânea ‘The Country of The Blind And Other Stories’ (Thomas Nelson & Sons, London, [1911]), tradução livre nossa.

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Kari Shea karishea, CC0, via Wikimedia Commons
Kari Shea karishea, CC0, via Wikimedia Commons

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