Virginia Woolf louvava a honestidade dos contos de Tchekhov. Em que consistia tal honestidade? Segundo Christine Reynier, dos ensaios de Virginia Woolf, é possível depreender três características que a definem: ‘inconclusividade’, ‘liberdade’ e ‘intensidade’. [1]
O conto não precisa ser conclusivo nem precisa de um final bem definido. Deve fazer mais perguntas que prover respostas; ele é desconcertante para o leitor acostumado com uma ficção que “tem resposta para tudo” e, por isso, se revela superficial.
E, para não ser superficial, o conto deve ser livre, não há convenção predefinida, formal ou temática. Não se trata de almejar um mimetismo da realidade; é no mundo interior, no “mundo mental”, que encontramos a chave para os padrões subjacentes à história.
Por fim, a emoção não pode ser separada da forma. Deve haver uma sincera, perfeita proporção entre as emoções. Assim o conto poderá trazer um “momento de entendimento”, uma intensidade que une texto, escritor e leitor.
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[1] REYNIER, Christine. The short story according to Woolf. ‘Journal of the Short Story in English’, Rennes, n. 41, p. 1-5, set. 2003. Disponível em: <https://journals.openedition.org/jsse/307>. Acesso em: 11 jan. 2022.
Contos presentes nesta edição:
NO POMAR
OBJETOS SÓLIDOS
O LEGADO
O HOMEM QUE AMAVA SUA ESPÉCIE
UM RESUMO
O HOLOFOTE
UM COLÉGIO DE MULHERES VISTO DE FORA
MOMENTOS DE SER: “OS ALFINETES DO SLATER’S NÃO TÊM PONTAS”
KEW GARDENS
UMA CASA MAL-ASSOMBRADA
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